Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Fernandes Lopes

27 de janeiro - Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

27 de janeiro - Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Nuit et brouillard (bra: Noite e Neblina; prt: Noite e Nevoeiro) é um documentário francês realizado em 1955 a partir de uma encomenda feita ao cineasta Alain Resnais pelo Comité de História da Segunda Guerra Mundial. O filme tinha como objetivo comemorar dez anos da libertação dos campos de concentração. O filme fornece um contexto histórico da época, além de descrever o quotidiano dos prisioneiros que ali viveram. Foi todo gravado em cores, no ano de 1955, nos terrenos abandonados de Auschwitz e Majdanek localizados na Polónia. O filme inclui também imagens de arquivo em preto e branco que sugerem detalhes da vida e da morte nos campos. O impacto das imagens de Noite e Nevoeiro, e do texto do escritor Jean Cayrol, suplantaram a intenção de memorial dos desaparecidos para se transformar, nas palavras de François Truffaut, numa "lição de História, inegavelmente cruel, mas verdadeira".

No âmbito da disciplina de História A, foi visualizado, nas três turmas do 12.º ano, o documentário “Noite e Nevoeiro” e solicitada uma reflexão sobre o tema: Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo o respeito pela diferença e a intervenção cívica em contexto escolar” é um dos critérios de avaliação da disciplina de História A. De que modo a visualização deste documentário contribuiu para este objetivo?
Apresentam-se algumas das reflexões dos alunos:

Este documentário denominado “Nuit et brouillardretrata as vivências dos prisioneiros nos campos de concentração e o seu quotidiano. Toda a crueldade que foi apresentada [...] apesar de bastante pesado, é de certa forma necessária para mostrar que aquilo realmente aconteceu, embora todos saibamos que morreram milhões de pessoas e muitos de nós termos uma ideia menos “violenta” do quotidiano vivido nos campos de concentração. [...] passa a mensagem e faz-nos refletir que apesar das diferenças raciais, físicas, sexuais, todos nós temos o direito de nos regermos por nós mesmos, sermos nós próprios e que a eliminação de “raças inferiores”, como Hitler se referia, não é, e nunca foi solução. (Afonso Silva, n.º 1 - 12.ºG)

“Inocentes morrem todos os dias devido à ignorância e falta de humildade de outros. [...] A visualização deste filme não contribui para o alcance da valorização dos direitos humanos, apenas demonstra o como o poder nas mãos erradas, provoca o caos. [...] gratidão por não ter vivido ali, naquela altura, pena pelas pessoas que lá estiveram.” (Bernardo Salas, n.º 3 - 12.º G)

“Acredito que este documentário me tenha ajudado muito, principalmente a valorizar os outros, pois agora não consigo imaginar um mundo onde há genocídios por puro preconceito. Certamente irei melhorar o meu comportamento com todos, independentemente de como sejam, até porque, sem isso não há um ambiente cívico.” (Cristiano Zubco, n.º 6 - 12.º G)

“A visualização de “Noite e Nevoeiro” contribuiu de forma significativa para valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo o respeito das diferenças de cada ser humano. O documentário mostra um lado cru e brutal, as atrocidades cometidas nos campos de concentração nazis […] vimos o quotidiano deles, a violência física e psicológica e uma completa desumanização (…) para relembrar e para não repetir os erros daquela altura…” (Eloise Boutemy, n.º 9 - 12.º G)

“Achei este filme importante para, se calhar, nos apercebermos de que a falta de respeito pela diferença pode causar tragédias [...] havia torturas e homicídios, algo que ninguém gostaria de passar por. Ou seja, devemos respeitar todos, seja que tipo de raça for, todos devem ter direitos, tanto na escola, como na sociedade.” (Gonçalo Damásio, n.º 10-12.º G)

“O filme “Noite e Nevoeiro”, de Alain Resnais, é uma verdadeira reflexão sobre o terror que foi o holocausto. A angústia e o pavor que milhões de pessoas passaram em campos de concentração retratados no documentário. [...] é possível sentir e perceber um pouco da realidade das pessoas que por lá passaram e, consequentemente, ter um pouco de empatia.” (Iara Moura, n.º 12-12.ºG)

“Por toda a história da humanidade houve momentos onde homens menos bons estiveram no poder e usaram esse poder de forma negativa. O extermínio de raças através dos campos de concentração é um exemplo de tal. Milhões de judeus, ciganos, homossexuais, eslavos e opositores do regime nazi foram levados para campos, onde mais tarde seriam torturados, escravizados e por fim, mortos. Nos dias de hoje é difícil imaginar um cenário destes, mas o facto é que continua a ocorrer.” (Jonas Pedras, n.º 13 - 12.º G)

“Este filme incentiva à reflexão sobre a necessidade de respeitar as diferenças e combater qualquer forma de discriminação. [...] é evidente a violação dos direitos humanos que podem levar a uma série de problemas graves [...] reforça a importância de promover a tolerância e a empatia na sociedade. Para além disso, este documentário contribui para que nós tenhamos um olhar crítico sobre o passado, e aprendamos com ele para evitar a repetição destes acontecimentos, no futuro [...] lembra-nos que a memória destas vítimas deve servir de alerta sobre o que pode acontecer quando os direitos humanos são ignorados.” (Luana Rodrigues, n.º 14 - 12.º G)

“Na minha opinião este filme retrata de forma demasiado clara e crua as condições [...] eram vividas no tempo do Holocausto […] eram tiradas milhares de vidas, na maior parte das vezes, de formas desumanas. Morriam à fome, fuzilados, postos em câmaras de gás para morrerem de forma lenta e “menos cruel", chegando mesmo a suicidarem-se, pois preferiam tirar as suas próprias vidas, a serem sujeitos a tal tortura.” “passados todos estes anos de história, aprendemos a respeitar e a preservar os direitos humanos e a tratar todos, sem exceção, com compaixão e amor pelo próximo, independentemente da sua cor de pele, crenças religiosas, condições financeiras… pois afinal de contas somos todos humanos.” (Matias Figueiredo, n.º 19 - 12.º G)

“Este documentário demonstra que os judeus não tinham direitos humanos e cívicos, e que, felizmente, houve sobreviventes. É uma pena que este período da história seja assim, pois todos merecem ter direitos, independentemente da sua raça e origem. Pessoalmente, senti horror e terror enquanto via o documentário.” (Rafael Ribeiro, n.º 21 - 12.º G)

“Este tipo de documentário ou até mesmo esta matéria em si, faz-nos ver o que muitas pessoas passaram, só por simplesmente serem de uma raça ou terem pensamentos diferentes, fazendo-nos pôr no lugar do outro e no quão injusto foi a morte de milhares de pessoas naquela época.” (Raquel Rodrigues, n.º 22 - 12.º G)

“Após a visualização deste documentário devo dizer que aprendi muito mais sobre a falta de respeito à dignidade humana praticada pela Alemanha nazi […] ver as filmagens de corpos já sem alma e de cabeças com expressões vazias, deixou-me pensativo. E se fosse eu?” (Santiago Botinas, n.º 25 - 12.º G)

“O filme “Nuit et Brouillard” retrata de uma maneira muito crua e explícita o desrespeito pelos direitos humanos […] o propósito da escola é mesmo esse, ensinar, mostrar, consciencializar e até mesmo chocar os alunos, com o objetivo de que, ao verem “Nuit et Brouillard”, nunca desejem que essa história se repita.” (Alexandre Inácio, n.º 3 – 12.º F)

“Com a visualização deste comentário pude ver imagens que nunca vi, imagens chocantes, reais e cruéis que nunca imaginei que fossem reais. Sabia que o Holocausto aconteceu e foi algo real mas nunca imaginei que fosse tão horrível e monstruoso […] Com este documentário […] fiquei mais sensibilizada e mais consciente […] devemos valorizar a dignidade humana e os seus direitos para que um dia mais tarde não vir a acontecer algo parecido…” (Daniela Martins, n.º 4 – 12.º F)

“Acho importante mostrar os acontecimentos de forma realista e sem suavizar a situação. Desta forma conseguimos perceber o passado e o sofrimento sem vivermos numa “bolha de fantasia”. Na disciplina de História somos confrontados com temas sensíveis e tocantes para conhecermos o passado e entendermos o futuro…” (Diana Jesus, n.º 5 – 12.º F)

“A visualização deste filme fez-me refletir e ver o quão desprezível o ser humano pode ser. Ao ver este filme senti-me revoltado, mas ao mesmo tempo chocado com tanta barbaridade; só de pensar que pessoas e crianças inocentes, sem maldade no coração, pois é assim que eu vejo as crianças, foram mortas por serem consideradas de raça inferior. Os direitos humanos foram pisados, destruídos e jogados ao lixo por pessoas que se achavam superiores aos demais. […] Hoje em dia nós vemos direitos humanos serem violados em pleno século XXI, desde a guerra, agressão, fome no mundo. E, muitas vezes, as organizações que deviam defender esses direitos, parece que não veem.” (Eduardo Monteiro, n.º 6- 12.º F)

“….Ao ver o filme e ao ver as imagens pesadas fez com que eu pudesse parar para pensar e refletir e pôr-me no lugar daquelas pessoas que passaram por todo aquele sofrimento e causou-me muita angústia e tristeza, por isso não consegui gostar do filme. Porque mostra uma perspetiva muito má e real do que aconteceu. […] Apesar de não ter gostado, valeu muito a pena vê-lo para ter uma perspetiva mais profunda sobre esta fase do mundo.” (Emanuel Freire, n.º 7 – 12.º F)

“Este filme mostra momentos aterrorizantes vividos nos campos de concentração. […] É uma realidade cruel e dura e até mesmo difícil de compreender para quem está habituado a viver com a liberdade e a tolerância que temos hoje em dia.” (Jéssica Estevão, n.º 10 – 10.º F)

“O filme ajudou-me a ter uma ideia mais nítida, tanto das coisas que lá faziam como da tristeza e desespero sentido. […] Parece mentira, de tão chocante que é, mais foi real e é necessário lembrar das atrocidades cometidas para que a história não se voltar a repetir.” (Laura Santos, n.º 11 – 12.º F)

“À medida que este documentário decorria e o ia analisando, ia ficando cada vez mais aterrorizada com os acontecimentos passados nos campos de concentração. […] Após a sua visualização senti-me mais desprotegida pois “A História repete-se sem se repetir” e se não começarmos a ganhar consciência daquilo que se passa no mundo e a agirmos de forma a evitarmos este tipo de violência e discriminação, algo parecido pode voltar a acontecer.” (Letícia Chiquito, n.º 12 – 12.º F)

“Com toda a minha honestidade, o documentário não me afetou muito ou mudou a minha perspetiva. Claro que ver imagens de centenas de corpos malnutridos e como estes eram dispostos ou reciclados causa uma resposta repulsiva do psicológico humano, mas não acredito que tenha me afetado ou tocado de alguma forma, pois no final do dia, para mim isto ainda é só um filme.” (Luís Brandão, n.º 13 – 12.º F)

“Com a visualização deste filme conseguimos […] entender a importância da dignidade humana que possuímos hoje, a necessidade de respeito mútuo e, consequentemente da generosidade para com o próximo. No final somos todos iguais […] e é de extrema importância a liberdade, para fazer do mundo um lugar melhor.” (Márcia Soares, n.º 14 – 12.º F)

“Em História, penso que é importante usarmos recursos visuais sempre que possível porque, é muito diferente ouvir alguém falar sobre um evento do que ver a História a acontecer diante dos nossos olhos. […] Apesar de não estarmos realmente dentro do horror, olhar e ver é importante porque quem não aprende da História é quem, no futuro, a repete”. (Maryam Khelifi, n.º 16 – 12.º F)

“Sempre pensei que que existem certas coisas que só contar não basta e este documentário é o reflexo disso, ver com os meus próprios olhos a dor e o sofrimento que cada homem, mulher e criança passaram, Não me cabe na cabeça a imensa maldade e o ódio que se precisa ter dentro de si, para fazer tais atos. […] Apesar de tudo o que ultrapassámos […] sinto que ainda existem muitos preconceitos, muita crueldade e uma grande procura de alimentação de egos; estas coisas que parecem pequenas, foram estas mesmas coisas que fizeram milhões de pessoas morrerem, ficarem sem famílias e sem esperança. Acho e acredito sinceramente que conhecimento é poder e, ao vermos com os nossos próprios olhos este documentário, dá-nos a ideia que temos que parar de ignorar atitudes preocupantes, assim como pensamentos preconceituosos e narcisistas. Todos nós devemos observar a pura e dura realidade, isto se, desejarmos que nada semelhante volte a acontecer!” (Matilde Concha, n.º 17 – 12.º F)

“O filme visionado […] mostrou-me um lado da História que não imaginava existir. […] mostrou-me o lado horrível e inumano da História e fez-me pensar… nesta época ninguém sabia o que estava a acontecer nestes campos, será que algo de semelhante acontece nos dias de hoje e ninguém se apercebe, ou pior, fingem que não veem? O documentário mostrou-nos nada mais, nada menos, que a verdade, e é importante chegarmos à realização de que a dignidade humana e os direitos humanos são dos bens mais preciosos que podemos ter e devem ser respeitados”. (Nádia Silveira, n.º 19 – 12.º F)

“O filme visionado em aula é de facto um filme que causa impacto nas nossas mentes […] aborda o Holocausto e as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, levando a refletir sobre acontecimentos históricos que violaram gravemente os direitos humanos. Isto ajuda a criar uma consciência crítica sobre a importância de respeitar a dignidade humana. Ao apresentar imagens e relatos de sobreviventes, o filme provoca uma resposta emocional nos espetadores. Essa empatia é fundamental para que nós, alunos, compreendamos a gravidade das violações dos direitos humanos e a importância de lutar contra a intolerância e a discriminação. Este filme deve ser utilizado como um recurso para ensinar sobre a importância da paz e da justiça.” (Pedro Rebelo, n.º 20 – 12.º F)

“À primeira vista achei que não fosse tão forte, mas ao assistir acabei por me surpreender […] consegui perceber a maldade do ser humano a troco de exatamente nada, com imagens extremamente fortes consegui ver o sofrimento […] e fez-me pensar “A troco do quê?” […] mas o ser humano é um bicho irracional que só pensa em poder, riqueza e ganância e por isso, as brigas continuam a acontecer nos dias de hoje… A vida seria muito mais fácil se não existissem pessoas que buscam a superioridade.” (Pedro Caldas, n.º 21 – 12.º F)

“Para mim, o filme foi muito triste e chocante. Mas isso é a realidade, e nós, humanos, não podemos esquecer e ignorar todas as coisas que aconteceram. Havia uma frase no filme, “Quem é o responsável?” e considero que esse é o principal motivo do filme, porque não existe um responsável específico sobre quem toda a culpa possa ser lançada, todos somos responsáveis pelas nossas vidas e pela vida dos outros.

A ignorância e a indiferença são as armas mais terríveis da Humanidade. Isto é o que está a acontecer agora em todo o mundo, indiferença total, por exemplo com a Guerra da Ucrânia; os russos são indiferentes à vida dos civis na Ucrânia, como muitas outras pessoas. Se perguntarmos a muitas pessoas o que pensam da guerra, muitas dirão simplesmente que “estão fora da política” ou que não se importam […] isso é o problema!” (Arsenii Honcharenko, n.º 2 – 12.º E)

“Na minha opinião “Noite e nevoeiro” é mais do que um simples documentário histórico; é um apelo à reflexão sobre os valores humanos. Para além do filme transmitir uma mensagem forte sobre a intolerância, ao mesmo tempo serve como um alerta para que estes erros não se repitam.” (Beatriz Palma, n.º 3 – 12.º E)

“Este filme faz-nos pensar na importância da democracia, onde temos liberdade para sermos quem somos e igualdade de acesso ao que necessitamos. É importante refletirmos como sobre como estas ideias extremistas aparecem e sobre as suas consequências para que no futuro possamos evitar que aconteça de novo. “(Carolina Marques, n.º 7 – 12.º E)

“Este filme não é apenas uma lição de História sobre os acontecimentos da 2.ª Guerra Mundial, mas também um alerta sobre o perigo do silêncio e da indiferença.” (Laila Vogt, n.º 17 – 12.º E)

“Com a visualização do documentário senti-me desafiada a reconhecer a importância de combater qualquer forma de discriminação, intolerância e violência. […] contribui significativamente para formar cidadãos mais conscientes, empáticos e comprometidos com o respeito pela diferença e a construção de uma sociedade mais justa.” (Lia Silva, n.º 18 – 12.º E)

O visionamento de “Noite e nevoeiro” mostra-nos que não devemos tolerar qualquer tipo de racismo ou discriminação quer seja connosco quer seja para com os outros (mesmo que seja uma “brincadeira”) pois é a partir de coisas mínimas que estes acontecimentos têm poder para ocorrer. […] É importante não deixarmos a História cair em esquecimento para que não se volte a repetir. O futuro está nas mãos dos mais novos, daí a grande necessidade de os educar e não os deixar cair na ignorância destes assuntos.” (Madalena Pereira, n.º 20 – 12.º E)

“Eu já estive num lugar desses [campo de concentração] na Polónia e posso partilhar que foi uma experiência inesquecível.  Olhar, dava medo e nojo e as pessoas que sobreviveram tiveram de viver com isso na cabeça a vida toda. […] Não podemos fechar os olhos […] não podemos ficar calados…” (Viktoriia Tymochshuk, n.º 24 – 12.º E)

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